Autoridades da cidade de Tóquio, no Japão, devem viajar neste sábado para um arquipélago que é disputado pelo país e pela China. Elas pretendem comprar pequenas ilhas na região, o que deve acirrar ainda mais a tensão entre os vizinhos.
As cinco ilhas não habitadas no Mar do Leste da China são controladas pelo Japão, mais chineses e taiwaneses também alegam que o arquipélago faz parte de seu território. As ilhas ficam na região da fronteira marítima desses países e são ricas em peixes e recursos naturais.
Ishihara disse que conversou com o primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, e ofereceu entregar a posse das ilhas para o governo central, gratuitamente. O prefeito de Tóquio acredita que o fato de o governo ter a posse das ilhas vai aumentar o controle do país sobre elas, enviando uma clara mensagem para a China.
O governo de Tóquio afirma que o objetivo da viagem realizada neste sábado, que conta com um time de 25 autoridades e especialistas, é pesquisar a região para avaliar o valor de mercado das ilhas. O governo central do Japão não permite que barcos atraquem nas ilhas, justamente para evitar tensões com a China.
A embarcação do governo de Tóquio deve zarpar neste sábado e circular as ilhas no domingo, por cerca de 10 horas, analisando a área, colhendo dados sobre a vida animal e vegetal e medindo a profundidade das águas costeiras. Ishihara pretende, eventualmente, construir um farol, um embarcadouro e um observatório climático no arquipélago. Ele disse que tem vontade de visitar as ilhas, mas não estará na comitiva neste fim de semana.
No mês passado, o Japão prendeu e depois liberou 14 ativistas de Hong Kong que desembarcaram nas ilhas. Ativistas japoneses têm feito a mesma coisa recentemente, incluindo vários legisladores. Centenas de chineses têm promovido protestos em diversas cidades contra o controle japonês sobre as ilhas. Esta semana, o carro que levava o embaixador do Japão na China foi atacado por um homem, que arrancou a bandeira japonesa do automóvel. Ninguém se feriu.