Essa foi apenas a segunda eleição na Angola desde o fim da guerra civil, em 2002. A emissora estatal de televisão veiculou imagens de pessoas votando em mais de 10 mil escolas, que ficaram fechadas por um mês para poderem se preparar para a eleição. "A votação ocorreu de maneira ordenada em todo o território nacional", dizia a manchete do estatal Jornal de Angola.
Quase 9,7 milhões de eleitores estavam aptos a votar, mas a participação na eleição não é obrigatória. Nas eleições de 2008, cerca de 87% dos eleitores participaram. Desta vez a apuração começou pouco após o fim da votação, mas o processo deve levar vários dias, pois muitas urnas precisam ser transportadas de regiões remotas do país.
O MPLA tem atualmente 191 das 220 cadeiras do Parlamento. Pesquisas apontam que o principal partido de oposição, o Unita, pode crescer um pouco este ano, conquistando o voto de eleitores que reclamam da falta de democracia e da desigualdade social.
Pouco depois da independência da Angola, em 1975, teve início uma guerra civil, que durou até 2002 e terminou com a morte, em combate, do líder histórico do Unita, Jonas Savimbi. Desde então o movimento abandonou as armas e aderiu ao processo político, mas reclama de fraudes nas eleições.