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Estado de Minas

Obama retoma defesa das causas minoritárias para tentar reeleição


postado em 03/09/2012 19:23

O presidente Barack Obama deverá comover esta semana a base do Partido Democrata reassumindo a postura de defensor das minorias, dos direitos civis e sociais nos Estados Unidos, em um momento em que a oposição afirma que ele não merece a reeleição, acusado de fracassar na recuperação da economia.

O Partido Democrata se reunirá a partir de terça-feira em Charlotte, Carolina do Norte (sudeste), para realizar a convenção nacional e apresentar, na quinta-feira, Obama como candidato para as eleições de 6 de novembro, nas quais terá o republicano Mitt Romney como adversário.

A convenção democrata ocorre uma semana depois da republicana, em Tampa (Flórida, sudeste), na qual o multimilionário ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, foi oficializado candidato do Partido Republicano às presidenciais de 6 de novembro.

"A grande vantagem de Obama é que sua convenção acontecerá depois da republicana e pode ampliar seu próprio argumento", disse à AFP Larry Sabato, professor de Ciências Políticas na Universidade de Virgínia.

"Mas, em contraste com os republicanos, o presidente também falará sobre outros temas como a imigração e o aborto", disse Sabato. "Se Obama ficar concentrado apenas na economia, tem grandes chances de perder. Assim, tem que ampliar seu enfoque e incluir temas sociais", completou.

Nesta segunda-feira, Obama comparou seu adversário republicano a um treinador, cuja estratégia conduz sua equipe diretamente ao fracasso.

Romney "disse que seria o técnico que levaria os Estados Unidos à vitória. O problema é que todo mundo conhece a estratégia", acusou Obama, falando a operários da indústria automobilística em Toledo, Ohio (centro), estado-chave para as presidenciais.

"Durante o primeiro mandato, aumenta os impostos em 2.000 dólares ao ano, em média, para as famílias com filhos para poder oferecer regalias fiscais aos milionários", relatou. Em seguida, "no período final, a apoteose com que sonha: o fim do Medicare (seguro médico para idosos...)", sustentou.

Quase 6.000 delegados se reunirão em Charlotte, cidade que já virou uma espécie de parque temático pró-Obama, com ativistas, conferências de grupos de defesa das políticas do presidente e, claro, estandes para vender de camisetas a molhos picantes com a imagem e a logomarca do primeiro presidente negro do país.

"É uma honra representar os jovens que consideram que o presidente Obama se comprometeu para reconstruir o país que merecemos no futuro", disse à AFP Alejandra Salinas, presidente do College Democrats of America, o braço da juventude democrata.

Salinas, estudante de Direito, de 22 anos, segunda geração de uma família mexicana do Texas, é 'super-delegada', título designado diretamente pelo partido e não eleito pelas bases.

"Esta convenção representa uma dupla responsabilidade, porque como latina também estou aqui em nome dos hispânicos, que sabem que contamos com o presidente para outros quatro anos", disse Salinas.

O prefeito de Los Angeles, Antonio Villaraigosa, presidente da Convenção Nacional Democrata, prometeu nesta segunda uma assembleia "acessível", "diversa" e cautelosa com a classe média afetada pela crise.


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