Um grupo de hackers denunciou ter obtido dados pessoais de 12 milhões de usuários do iPhone e do iPad da Apple ao piratear um computador do FBI, o que aumenta a preocupação sobre os controles governamentais nos Estados Unidos.O grupo, conhecido como AntiSec, e vinculado ao grupo de hackers Anonymous, publicou os dados de um milhão de usuários da Apple, que, afirma, são parte dos dados referentes a 12 milhões supostamente obtidos de um notebook do Birô Federal de Investigações (FBI).

Jenny Shearer, porta-voz do FBI, não quis fazer comentários a respeito. A Apple igualmente não respondeu a um pedido da AFP para comentar o caso. Mas a notícia correu rápido entre as redes sociais e os blogs de notícias.

Peter Kruse, um especialista de delitos informáticos do grupo de segurança CSIS da Dinamarca, afirmou no Twitter que o vazamento é real.

Eric Hemmendinger, um especialista em segurança da Tata Communications, afirmou, por sua vez, que a notícia levanta preocupações quanto à cibersegurança, acrescentando que, baseado em informações anteriores do Anonymous e grupos relacionados, esta denúncia provavelmente é certa.

O blog especializado em tecnologia Geekosystem classificou o fato como "um dos piores desastres de privacidade ocorrido até o momento". Um site estabeleceu uma base de dados para ajudar os usuários a determinar se seu dispositivo se encontra na lista de aparelhos da Apple pirateados.

Já Johannes Ullrich, do SANS Internet Storm Center, um organismo especializado na vigilância das ameaças de segurança na internet, afirmou que é difícil comprovar estas informações.

"Não há nada mais no arquivo que envolva o FBI. Porque os dados poderiam proceder de outras fontes. Mas não está claro quem teria um arquivo como este", explicou.