As FARC não vão exigir um cessar-fogo na Colômbia para participar das negociações de paz, previstas para começarem em outubro, assegurou um de seus líderes em entrevista publicada neste sábado pelo jornal El Tiempo.
Líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que estão em Havana, propuseram na quinta-feira um cessar-fogo para a abertura das negociações, que devem ocorrer em terreno neutro, primeiro na Noruega e depois em Cuba.
A exigência foi rejeitada pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que pediu ao exército para continuar com suas operações até um acordo final com as FARC.
O porta-voz da guerrilha disse que queria "tentar convencer (o governo) com um argumento". "Se há uma maneira de parar momentaneamente a guerra, no momento em que nos esforçamos para encontrar uma fórmula para acabar com ela definitivamente, é melhor", afirmou Marco Calarca.
Segundo ele, "é melhor um cessar-fogo ou trégua cedo do que tarde, porque assim há menos mortes e menos feridos".
As próximas negociações constituem a quarta tentativa de negociação com as FARC, principal guerriha da Colômbia, que conta com cerca de 9.000 combatentes.