Jornal Estado de Minas

Islamitas arrancam bandeira dos EUA de embaixada no Egito

Agência Estado
Milhares de manifestantes egípcios cercaram a Embaixada dos Estados Unidos no Cairo nesta terça-feira, arrancaram a bandeira dos EUA e a substituíram por uma bandeira islâmica, no aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra Washington e Nova York. Cerca de 3 mil islamitas ultraconservadores, grande parte do movimento salafista ou torcedores organizados de futebol, iniciaram o protesto contra um filme que disseram ser ofensivo ao profeta Maomé. O filme foi feito por cristãos egípcios que vivem nos EUA. A bandeira negra tem a inscrição em árabe: "Não há Deus além de Alá e Maomé é o profeta de Deus". A polícia egípcia dispersou a multidão sem violência. Questionada sobre se a bandeira levantada pelos manifestantes significava uma saudação de simpatizantes da rede terrorista Al-Qaeda, no aniversário do atentado que matou 3 mil pessoas em Washington, Nova York e na Pensilvânia em 2001, uma porta-voz do Departamento de Estado disse que não. "O que eu escutei é que a bandeira (dos EUA) foi substituída por uma bandeira negra. Mas talvez eu não esteja certa", disse a porta-voz. Mulheres vestidas com o niqab, o vestido islâmico que cobre o corpo feminino inteiro, gritavam: "Filhos da Cruz, nada existe além do nosso amado Maomé". Ativistas egípcios criticaram a manifestação. "Atacar a Embaixada dos EUA no 11 de setembro e levantar bandeiras ligadas à Al-Qaeda é algo que não será compreendido pelo público americano como um protesto contra um filme sobre o profeta", escreveu o ativista Wael Ghoneim. "Ao contrário, os americanos pensarão que é uma comemoração do crime que aconteceu em 11 de setembro de 2001".