Ativistas de direitos humanos da África e da Europa avaliam que a prisão de David Cecil tenha sido uma tentativa de intimidar os movimentos pelos direitos civis dos homossexuais de Uganda, cuja luta tem ganhado apoio da população nos últimos tempos.
No país, de maioria conservadora, recentemente foi apresentado no Parlamento uma proposta de lei que pretendeu punir homossexuais com pena de morte por enforcamento. A ideia teve o apoio do presidente ugandense Yoweri Museveni e de igrejas evangélicas.
Países que contribuem com dinheiro para o Orçamento Público de Uganda, na maioria europeus, no entanto, ameaçaram suspender o envio de recursos caso a lei fosse aprovada, o que acabou freando a iniciativa.
Além de Uganda, em outros 36 países africanos o homossexualismo é ilegal. As penas variam de prisão, constrangimentos e humilhações públicas até execução por fuzilamento ou enforcamento.