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Estado de Minas

EUA retiram pessoal diplomático de Tunísia e Sudão


postado em 15/09/2012 18:49 / atualizado em 15/09/2012 20:08

Os Estados Unidos determinaram neste sábado a saída de seu pessoal diplomático não essencial da Tunísia e do Sudão após os ataques a suas embaixadas nos dois países na sexta-feira, devido ao polêmico filme que ridiculariza o profeta Maomé.

"Devido à situação de segurança em Túnis e em Cartum, o departamento de Estado ordenou a saída de todos os familiares e pessoal não essencial de ambas embaixadas, e emitiu uma advertência contra viagens de cidadãos americanos" aos dois países, explicou a porta-voz da diplomacia americana Victoria Nuland.

A advertência pede aos cidadãos americanos no estrangeiro que "evitem todas as manifestações públicas e comícios, inclusive protestos que parecem pacíficos mas podem se tornar beligerantes e violentos" sem prévio aviso.

Segundo o departamento americano de Estado, as ameaças de ataque permanecem no Sudão, onde os cidadãos americanos devem ser "discretos, alternar horários e rotas, ter prudência ao dirigir e manter seu passaporte e visto sudanês válidos".

O governo americano também recomenda a seus cidadãos na Tunísia que "evitem manifestações, tenham planos alternativos de emergência" e mantenham seus dados na embaixada atualizados.

Ao menos quatro pessoas morreram e 49 ficaram feridas durante um violento protesto na sexta-feira diante da embaixada dos Estados Unidos em Túnis contra o filme "A Inocência dos Muçulmanos".

No Sudão, dois manifestantes morreram em incidentes ligados ao mesmo filme, que ridiculariza o profeta Maomé.

Neste sábado, a rede terrorista Al-Qaeda convocou os muçulmanos a seguir atacando os interesses dos Estados Unidos para protestar contra o filme.

"Façamos da expulsão das embaixadas e dos consulados uma etapa da libertação das terras árabes da hegemonia e da arrogância americanas", disse a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) ao comentar o ataque contra o consulado na cidade líbia de Benghazi, que matou o embaixador Chris Stevens e outros três funcionários americanos na terça-feira.


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