Também era possível ouvir o ruído das explosões e dos disparos, enquanto que os combates causavam estragos nos bairros como Hajar al Aswad, na periferia de Damasco, e na província, disse a ONG, com uma rede de militantes no terreno.
Em Aleppo, a metrópole do norte na qual diversos bairros foram devastados em quase dois meses de violentos combates, o bairro de Hanano foi bombardeado por um tanque e em Sajur um avião de combate lançou mísseis contra um edifício, disse a ONG.
Dezenove civis morreram no país, sete deles em um ataque à bomba contra um ônibus na região de Deraa, segundo um balanço provisório da OSDH.
De acordo com a mesma ONG, mais de 27.000 pessoas morreram pela violência em 18 meses, desde o dia 15 de março de 2011, quando teve início um protesto pacífico contra o regime do presidente Bashar al- Assad que foi violentamente reprimido e deu origem a uma guerra entre soldados e rebeldes.
Volta às aulas
Apesar da violência que assola o país, a maioria das escolas abriram suas portas nos bairros de Damasco, considerados como tranquilos. Segundo responsáveis, 13 colégios de Damasco estão ocupados por rebeldes sírios.
Ainda neste domingo, durante o último dia de visita ao Líbano, o papa Bento XVI pediu pela paz na Síria e convocou a comunidade internacional e aos países árabes para que encontrem soluções para os sangrentos conflitos que assolam a região.
"Peço à comunidade internacional, aos países árabes para que, como irmãos, proponham soluções viáveis, que respeitem a dignidade de cada pessoa, seus direitos e sua religião. Quem quer construir a paz deve parar de ver no outro um mal a ser eliminado", disse o pontífice, em Angelus, após a missa em Beirute.
Brahimi ainda em Damasco
O emissário para Síria da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, que assumiu suas funções em 1º de setembro, tem repetido constantemente que sua missão destinada a encontrar uma solução ao conflito é "muito difícil".
Depois de reunir-se no sábado com Assad em Damasco, Brahimi - que ainda está na Síria -, afirmou que o conflito sírio é uma "ameaça para a região e para o mundo" e afirmou que não possui nenhum plano para uma solução.
Assad por sua vez, permanece inflexível e repetiu ante Brahimi sua vontade de continuar sua guerra contra os rebeldes e de negociar apenas com os membros da oposição que considera aceitáveis.