Um manifestante morreu e dois ficaram feridos nesta segunda-feira em um tiroteio durante novos protestos contra o filme ofensivo ao profeta Maomé na região noroeste do Paquistão, informaram fontes policiais. Os confrontos aconteceram na cidade de Warai, no distrito de Uper Dir, na província de Khyber Pajtunjwa, informaram à AFP as autoridades locais.
Quase 800 manifestantes incendiaram uma delegacia de polícia, a associação local de jornalistas, a casa de um juiz e três veículos, segundo Irshad.
A polícia utilizou gás lacrimogêneo e deu tiros de advertência para tentar dispersar a multidão, mas um manifestante atirou contra a polícia, que respondeu de maneira imediata. "Prendemos 22 manifestantes, a situação está sob controle agora", afirmou Ihsanula Khan, chefe de polícia local.
Outra manifestação foi organizada pelo grupo radical sunita Jamaat-e-Islami. Estudantes queimaram pneus e a bandeira dos Estados Unidos.
No vizinho Afeganistão, mais de mil pessoas protestaram na capital Cabul contra o filme "Inocência dos Muçulmanos". Os manifestantes incendiaram viaturas da polícia em uma avenida que abriga bases da Otan e dos Estados Unidos.
Homens armados abriram fogo, mas não foram registrados feridos, segundo a polícia, que optou por não reagir para evitar uma tragédia.
Na Malásia, o site YouTube bloqueou o acesso ao filme que provocou protestos violentos nos países islâmicos. A medida já havia sido adotada na Indonésia, Índia, Líbia, Egito, Afeganistão e Paquistão.