Os Boy Scouts (escoteiros) dos Estados Unidos não reportaram centenas de acusações de abusos contra menores de idade durante duas décadas e, geralmente, não informaram a verdade aos pais como forma de salvar a imagem, informa o jornal Los Angeles Times.
E em aproximadamente 80% dos casos, não houve qualquer registro dos Scouts para reportar as denúncias de abuso às autoridades. O Los Angeles Times também encontrou funcionários que tentaram ativamente esconder as denúncias ou permitiram aos suspeitos ocultá-las em mais de 100 casos.
Apesar da organização, que tem mais de quatro milhões de integrantes adultos e jovens, ter tentado por muito tempo manter os "arquivos da perversão" fora dó alcance do público, pode enfrentar uma onda de ações judiciais, além da imagem ruim com a liberação dos arquivos.
A Suprema Corte de Oregon ordenou a liberação pública de quase 1.200 arquivos, datados de 1965 a 1985, incluindo alguns dos relevados pelo jornal.
Funcionários da organização afirmaram ao Los Angeles Times que em muitos casos optaram por esconder as denúncias para evitar a vergonha das jovens vítimas.