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Estado de Minas

Dissidentes cubanos suspendem greve de fome


postado em 18/09/2012 20:52

A cubana Marta Beatriz Roque e outros 29 dissidentes suspenderam nesta terça-feira a greve de fome de oito dias, após a ordem de soltura do opositor Jorge Vázquez Chaviano, informou um ativista à AFP.

"Suspendemos a greve de fome porque a mulher de Jorge Vázquez Chaviano informou (da cidade de Santa Clara) que chegou a ordem do Supremo Tribunal para colocá-lo em liberdade", disse à AFP a ativista Rosa Naranjo na casa de Roque em Havana.

A "dama de ferro" da dissidência cubana começou seu jejum seguida por outros 13 opositores em diversas localidades da ilha, mas logo foram se somando mais e agora são 27, incluindo Roque e o preso Vázquez.

Roque, 67 anos e diabética, disse que a decisão é "uma vitória para toda a nação cubana, porque muita gente de Cuba nos apoia, muita gente no exílio nos apoia...".

"Penso que o caminho, e não digo a greve de fome, porque isto nos deixa muito mal, seja este: o de respeito e apoio mútuo, independentemente de como pensamos, independentemente de nossa posição política sobre os problemas deste país".

"Se o governo manipula, como sempre faz, a informação de que estávamos em greve de fome, se quer tratar de desvirtuar este sacrifício, não nos interessa, o mundo sabe a realidade" de Cuba.

Economista e ex-presa política, Roque iniciou a greve de fome para exigir a libertação de Vázquez, que deveria sair da prisão em 9 de setembro, após cumprir uma pena por exercer uma "atividade econômica ilegal".

A mulher de Vázquez foi chamada na tarde desta terça-feira ao quartel da Segurança do Estado, em Santa Clara (270 km a leste de Havana), para ser informada da libertação do marido por ordem do Supremo Tribunal.

"Com a imediata libertação de Jorge Vázquez Chaviano terminou a greve de fome e se confirmou a vitória cidadã", escreveu a blogueira Yoani Sánchez no Twitter.

A greve de fome se tornou a arma principal dos dissidentes cubanos para reivindicar seus direitos perante o governo, mas a prática custou a vida de dois opositores presos: Orlando Zapata (fevereiro de 2010) e Wilman Villar (janeiro de 2012).

O governo cubano qualifica os opositores de "mercenários" a serviço dos Estados Unidos, e nenhum meio de comunicação da ilha, todos sob controle estatal, reportou algum jejum de protesto.


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