Franco agradeceu pela colaboração dos brasileiros que investem no país. Segundo ele, os brasiguaios são responsáveis por transformar o Paraguai em um dos maiores exportadores de soja e de carne da América Latina. “O Paraguai jamais, nunca, será transformado em potência sem a presença de colonos brasileiros", disse.
Em seguida, o presidente acrescentou que os brasiguaios “podem trabalhar em paz e dormir tranquilos” e que podem dizer às suas famílias brasileiras irem ao Paraguai e investirem lá. Ao se referir aos brasiguaios, Franco costuma chamá-los de “cidadãos paraguaios de origem brasileira”, uma forma encontrada por ele para evitar controvérsias entre os brasileiros e os críticos do grupo.
Os números envolvendo a comunidade de brasileiros no Paraguai variam. Os brasiguaios consideram todas as famílias, por isso chegam a 350 mil, os produtores rurais paraguaios avaliam 110 mil e o governo trabalha com 6 mil.
Os brasiguaios relatam que sofreram perseguição nos últimos anos e ficaram impedidos de trabalhar. A maioria vive nas áreas de fronteira do Brasil com o Paraguai e se queixa da falta de apoio das autoridades paraguaias.
Há, entre os brasiguaios, grandes, médios e pequenos produtores rurais. Mas todos reclamam das tensões no campo. Eles contam que são ameaçados por carperos (sem-terra paraguaios) e sofrem discriminação porque não são paraguaios.