Domingo, o líder do poderoso grupo xiita, Hassan Nasrallah, fez um apelo aos seus partidários para que "mostrassem ao mundo a sua raiva" contra a divulgação do filme amador produzido nos Estados Unidos "A inocência dos muçulmanos", que denigre o Islã.
Em um discurso à multidão, um outro líder do Hezbollah, o xeque Nabil Qaouq, advertiu Estados Unidos e França para qualquer confronto com o mundo muçulmano.
"Americanos, é melhor para vocês que se desculpem e não entrem em confronto com a nação" muçulmana, disse.
Em relação à França, onde caricaturas de Maomé foram publicadas nesta quarta-feira pelo jornal satírico Charlie Hebdo, o xeque Qaouq lamentou que o país tenha "escolhido uma posição de hostilidade com a nação" muçulmana.
Segundo ele, os dois países devem estar "cientes da ira dos muçulmanos, que são capazes de tudo para defender a dignidade do Mensageiro de Deus".
Esta manifestação aconteceu algumas horas depois de tiros terem sido disparados contra uma lanchonete da rede americana KFC na cidade de Nabatiyeh, no sul do Líbano, que não deixaram vítimas, segundo um oficial de segurança.
Na sexta-feira passada, um manifestante foi morto e outros 25 ficaram feridos em confrontos em Trípoli, a maior cidade do norte do Líbano, entre as forças de segurança e islamitas sunitas que incendiaram outra lanchonete da mesma rede para protestar contra o filme.
Trinta pessoas morreram no mundo muçulmano em meio à violência relacionada ao filme.