Obama explicou que, quando assumiu o governo em janeiro de 2009, foi tomado pela eclosão da crise econômica herdada do governo de George W. Bush e que, depois, os congressistas republicanos, que inclusive haviam apoiado antes uma reforma migratória, como seu ex-rival John McCain, deram as costas ao presidente.
Apesar disso, Obama, que tenta a reeleição no dia 6 de novembro, foi evasivo quando foi perguntado por que não aprovou a lei, com a qual conquistou 67% do eleitorado latino em 2008, em seus dois primeiros anos de governo, quando os democratas controlavam o congresso.
"Inclusive no primeiro ano, um dos meus primeiros atos foi convidar para a Casa Branca cada membro do Congresso que apoiava a reforma migratória integral para dizê-los que precisávamos resolver isto", disse Obama diante de um auditório lotado com 700 pessoas, entre eles estudantes democratas que fizeram perguntas mediadas pelos jornalistas mexicanos Jorge Ramos e María Elena Salinas.
"O que confesso é que não esperava que republicanos, que haviam apoiado antes a reforma migratória integral, de repente se distanciassem", disse Obama acrescentando: "Assumo a responsabilidade por ter sido ingênuo", disse no fórum que será transmitido pela Univision nesta quinta-feira à noite.