A Corte Suprema do Paraguai rejeitou ontem (20) a ação movida pelo ex-presidente Fernando Lugo que questionava a inconstitucionalidade sobre o processo que levou ao seu impeachment, em 22 de junho. A ação foi movida por correligionários de Lugo. Foi a segunda decisão contrária ao ex-presidente, na Corte. A primeira ocorreu em 25 de junho.
Lugo alegou nas duas ações que foi inconstitucional o processo que levou à sua destituição do poder. A ação foi julgada pelos magistrados Victor Nuñez, Gladys Bareiro de Módica e Antonio Fretes. Segundo os magistrados, as alegações são improcedentes.
Em junho, Lugo foi destituído depois de um processo de impeachment, submetido à Câmara e ao Senado, que durou menos de 24 horas. Por maioria, os parlamentares concluíram que ele “faltou com responsabilidade” no cargo de presidente da República.
Para os presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina) e José Pepe Mujica (Uruguai), Lugo não teve, entretanto, o tempo necessário para se defender e sua destituição do poder foi gerada pelo rompimento da ordem democrática. Os três líderes políticos decidiram pela suspensão temporária do Paraguai do Mercosul até abril de 2013 – quando há eleições no país.