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Estado de Minas

Irã ameaça bases americanas caso Israel ataque o país


postado em 23/09/2012 15:42

Um comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã advertiu neste domingo que as bases norte-americanas em países vizinhos se tornarão alvos no caso de uma guerra entre Irã e Israel, informou a televisão estatal iraniana neste domingo. A declaração do general Amir Ali Hajizadeh, chefe da divisão aeroespacial da Guarda, ocorre em meio à tensão com o programa nuclear iraniano e a indicação de Israel de que poderia atacar as instalações nucleares iranianas para conter a suposta construção de uma bomba atômica. Teerã afirma que o seu programa nuclear tem fins pacíficos.

Hajizadeh afirmou que nenhum ataque israelense poderia ocorrer sem o apoio dos Estados Unidos, seu mais importante aliado. Segundo ele, isso faz com que as bases militares dos EUA sejam um alvo legítimo. "Por essa razão, teremos um confronto com ambos e definitivamente entraremos em guerra com as bases americanas se uma guerra de fato ocorrer", afirmou Hajizadeh, cujos comentários foram postados no site da TV estatal iraniana Al-Alam. Conforme o comandante, as instalações dos EUA no Bahrein, Qatar e Afeganistão seriam alvos em uma situação de conflito. "Não haverá país neutro na região", apontou Hajizadeh. "Para nós, essas bases são iguais ao solo dos EUA." Os EUA têm uma frota no Bahrein e forte presença militar no Afeganistão.

O aviso iraniano parece ser uma tentativa de salientar as possíveis consequências de um ataque ao Irã por parte de Israel. A mensagem é dirigida não apenas a Washington, mas também aos seus aliados árabes do Oriente Médio, que temem que um conflito regional possa interromper o fornecimento de petróleo e paralisar centros empresariais em lugares como Dubai e Doha.

Ontem, o Senado dos EUA aprovou uma resolução que reafirma os esforços do país para impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear e disse que a contenção de um Irã capaz de produzir armas nucleares não é uma opção. Por 90 votos favoráveis e um contra, o Senado aprovou uma medida não vinculativa que afirma especificamente que isso não deve ser interpretado como uma autorização para o uso de força militar ou uma declaração de guerra.

A aprovação da resolução ocorre após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pressionar os EUA a esclarecem o que provocaria uma ação militar do país contra as unidades nucleares do Irã. A decisão ocorreu nas últimas horas antes do Congresso fechar para um recesso de uma semana. A medida foi introduzida meses atrás pelo senador republicano Lindsey Graham, o senador democrata Bob Casey e o senador independente Joe Lieberman.


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