O Japão enviará seu vice-chanceler à China nesta segunda-feira para uma visita de dois dias destinadas a suavizar a tensão diplomática causada por uma disputa territorial.
O vice-chanceler Chikao Kawai se reunirá com seu colega chinês para discutir uma ampla lista de questões bilaterais baseadas na atual situação, segundo uma fonte da chancelaria.
Esta decisão foi tomada depois que Pequim anunciou o adiamento da cerimônia comemorativa do 40º aniversário da normalização das relações entre China e Japão, prevista para 27 de setembro.
Nas últimas semanas a tensão aumentou entre os dois países após a decisão do Japão de nacionalizar as ilhas Senkaku, conhecidas na China como Diaoyu e reivindicadas por Pequim, situadas 200 km ao nordeste de Taiwan e 400 km ao oeste de Okinawa, no sul do Japão.
Além disso, dois navios de vigilância chineses entraram na manhã desta segunda-feira (hora local, noite de domingo no Brasil) em uma área considerada pelo Japão como suas águas territoriais, ao largo das ilhas disputadas no mar da China oriental, anunciou a guarda costeira japonesa.
Os dois navios cruzaram a 20 km de duas das ilhas Senkaku - Kubashima e Uotsurijima -, informou a guarda costeira.
Quatro outros patrulheiros chineses foram um pouco mais longe, na proximidade do limite de 22 km que marca a fronteira das águas territoriais japonesas.
Na semana passada, 13 embarcações do governo chinês navegaram pelo menos quatro dias nas proximidades das ilhas Senkaku, situadas 200 km a nordeste de Taiwan e 400 km a oeste de Okinawa (sul do Japão).