O primeiro-ministro do Egito, Hicham Qandil, negou neste sábado os rumores sobre a fuga de cristãos coptas da cidade de Rafah, perto da Faixa de Gaza, por supostas ameaças de morte de grupos muçulmanos. "As autoridades estão instruídas a proteger os irmãos coptas onde quer que estejam", disse Qandil à agência oficial Mena, acrescentando que não houve "transferência forçada" das famílias coptas em Rafah.
A comunidade cristã copta está sob pressão desde a difusão de um filme islamofóbico produzido e financiado nos Estados Unidos por um copta egípcio. De acordo com o primeiro-ministro, apenas uma família de cristãos coptas preferiu deixar a região.
No entanto, o Conselho Nacional de Direitos Humanos, órgão criado pelo novo presidente egípcio, Mohamed Mursi, assegurou em nota neste sábado que as "ameaças" obrigaram muitas famílias a deixar Rafah. O Conselho expressou sua "grande preocupação" frente a esta situação e pressionou as autoridades a "atuar e proteger" as famílias.
Na sexta-feira, vizinhos da cidade de Rafah denunciaram que várias famílias de coptas haviam abandonado a região depois de receberem ameaças. "Essas famílias fugiram voluntariamente porque temiam por suas vidas por causa das ameaças", disse à AFP o sacerdote Michel Antoine, da igreja de El Arish, sem indicar os nomes das famílias.