"Fatos recentes, como os que aconteceram no Paraguai, demonstram que o Estado de Direito ainda está sujeito a armadilhas e que, apesar dos avanços realizados em termos de institucionalidade democrática em todas as nossas nações, as ameaças à plena vigência dos direitos fundamentais e aos valores democráticos ainda persistem", acrescentou o chanceler ao discursar no grande encontro anual da ONU em Nova York.
"O Estado de Direito e a democracia não são valores adquiridos, mas sim valores que devem ser defendidos a cada dia como bens preciosos", alertou. O Mercosul e a Unasul (União das Nações Sul-americanas) suspenderam o Paraguai em represália pela destituição de Fernando Lugo, em um julgamento político sumário pelo Congresso em junho, um fato que recebeu críticas unânimes dos governos latino-americanos.
Na quinta-feira, Federico Franco denunciou na ONU a difícil situação internacional do Paraguai por causa desse isolamento, mas alertou que "não nos vencerão" e que continuarão no caminho democrático até as eleições de 2013.
Durante seu discurso deste sábado, o chanceler Almagro condenou, o "embargo injustamente imposto contra Cuba", se juntando aos outros governos latino-americanos que exigem dos Estados Unidos o fim desta medida unilateral que já dura mais de 50 anos.
Almagro denunciou "as graves violações aos direitos humanos que estão acontecendo na Síria" e disse que o Uruguai "apoia o papel mediador" da ONU. Luis Almagro também fez referência à aspiração de seu país de ser eleito como membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU para o período 2016-2017.