A justiça alemã anunciou nesta segunda-feira que não julgará oito ex-Waffen SS acusados de envolvimento em um massacre de 560 civis italianos em 1944 na Toscana (Itália).
Após 10 anos de investigação, os juízes consideraram que a participação de 17 homens, oito dos quais ainda estão vivos, no massacre da pequena cidade toscana de Sant'Anna di Stazzema, perto de Lucca, "não pode ser provada", indicou a Promotoria.
De acordo com os juízes, é impossível provar que esta foi uma ação planejada e ordenada de extermínio de uma população civil. Houve, então, a oportunidade de provar a culpa individual de cada um dos acusados, o que também não foi possível, acrescentou.
A divisão SS, derrotada pelas tropas anglo-americanas que desembarcaram em Salerno em 3 de setembro de 1943, receberam a ordem de praticar uma política de terra queimada.
Mil pessoas se refugiaram em Sant'Anna, aldeia de montanha localizada a cerca de 40 km de Lucca, quando em 12 de agosto de 1944 chegaram quatro companhias da divisão SS liderados por fascistas italianos fiéis a Benito Mussolini.
Os nazistas reuniram os 560 civis, incluindo 120 crianças, em frente à igreja e fuzilaram as vítimas.