O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, anunciou que não anulará o visto de trabalho de dois anos concedido a alguns imigrantes em situação irregular pelo governo do presidente Barack Obama, embora não tenha detalhado o seu projeto de reforma da imigração.
Romney não detalhou, entretanto, o seu projeto de imigração, mas em várias oportunidades explicou durante a sua campanha que é a favor da concessão de vistos e de "green cards" a algumas categorias de imigrantes em situação irregular, especialmente aquelas que estão ligadas ao Exército ou à continuação de estudos superiores.
Em 15 de junho, o presidente suspendeu as deportações de jovens sem documentação, que tivessem chegado ao país antes dos 16 anos, daqueles com menos de 30 anos, dos que frequentassem a escola ou que tivessem obtido um título universitário, sempre que não houvesse antecedentes penais.
Para obter este visto de dois anos e poder trabalhar legalmente, os jovens que se enquadrassem deviam preencher um extenso documento e comparecer diante das autoridades.
Como reação à entrevista, a equipe de campanha de Barack Obama denunciou que as declarações de Romney carecem de definição, enquanto ressaltou que o republicano não se comprometeu a manter a suspensão das deportações.
"O que fará por aqueles que podem ter a suspensão da deportação, mas não obtiveram o visto ainda", perguntou nesta terça-feira em um comunicado, Gabriela Domenzain, encarregada do contato com meios de comunicação hispânicos
A reforma da imigração legal é objeto de negociações que se arrastam há anos entre democratas e republicanos. As diferentes versões do "Dream Act", um projeto de lei que permitiria uma regularização gradual de alguns imigrantes, nunca obteve um consenso no Congresso.
Mitt Romney chegou na segunda-feira a Denver, onde será realizado o primeiro debate televisionado contra Barack Obama. O estado do Colorado, onde Barack Obama venceu nas eleições de 2008, tem uma forte presença da comunidade hispânica.