A capital Caracas e a cidade ocidental de Barquisimeto foram os cenários escolhidos pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e por seu opositor Henrique Capriles para fechar as campanhas políticas antes das eleições de 7 de outubro. A lei venezuelana determina que as campanhas devem ser encerradas à meia noite desta quinta-feira. Chávez, de 58 anos, deverá fechar a campanha com um comício no final da tarde na avenida Bolívar, no centro caraquenho, enquanto Capriles, de 40 anos, discursará em Barquisimeto a partir das 17h.
Em Caracas, partidários de Chávez começaram a chegar ao centro da cidade desde as primeiras horas desta quinta-feira. A polícia fechou algumas avenidas para facilitar o acesso à avenida Bolívar. Centenas de partidários com camisas vermelhas caminhavam rumo ao centro. Chávez, que busca o quarto mandato, disse que espera vencer no domingo com pelo menos 10 milhões de votos. Dezenove milhões de venezuelanos estão registrados para votar. Mas Capriles parece ter apresentado o primeiro desafio sério a Chávez desde que o presidente venceu sua primeira eleição presidencial em 1998. Em 2006, Chávez se reelegeu com 7 3 milhões de votos, com mais de três milhões de sufrágios de vantagem sobre seu adversário de então, Manuel Rosales, que obteve 4,2 milhões de votos, segundo dados das autoridades eleitorais.
Chávez mantém o discurso de que se Capriles vencer a direita venezuelana voltará ao poder. Segundo ele, a "ultradireita" e o "imperialismo" eliminarão os programas sociais. Capriles nega as acusações e afirma que a Venezuela cansou das promessas não cumpridas por Chávez. Segundo ele, a Venezuela precisa de mais ação para enfrentar os problemas econômicos, como a inflação, a criminalidade e a falta de segurança.
A Venezuela é o país mais violento da América Latina, com uma taxa de 50 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes em 2011. O país tem 29 milhões de habitantes. A inflação nos últimos 12 meses foi de 18,1%, também a mais alta da América Latina.