Partidários de Chávez já comemoravam nas ruas, em frente ao palácio de Miraflores, em Caracas, antes mesmo do anúncio oficial. A eleição deste domingo foi qualificada como a mais disputada da história do país. Quase 19 milhões de venezuelanos votaram com um sistema 100% informatizado de urnas eletrônicas.
Chávez votou em Caracas ao meio-dia, acompanhado por personalidades da esquerda e prometendo "reconhecer os resultados" da eleição, na qual tenta seu quarto mandato consecutivo. Ele estava acompanhado de personalidades da esquerda latino-americana, como a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, a prêmio Nobel da Paz e dirigente indígena Rigoberta Menchú e o nicaraguense Miguel D'Escoto, ex-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Capriles votou durante a tarde em Las Mercedes, na região de Caracas, afirmando que a vontade do povo será respeitada nestas eleições. "Acatarei o que o povo disser hoje", destacou o ex-governador do estado de Miranda após votar às 14H30 local (16H00 Brasília), em Las Mercedes, no município de Baruta, do qual foi prefeito.
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À espera dos resultados, Chávez e Capriles pedem 'paciência'Chávez e Capriles fazem eleição mais disputada da história da VenezuelaVenezuela encerra votação presidencialVenezuela vota para reeleger Chávez ou mudar com CaprilesCapriles vota e pede paciência a eleitores venezuelanosRaúl Castro felicita Chávez por "triunfo histórico" e reitera seu apoioEUA pede que se leve em conta os venezuelanos que votaram na oposiçãoCapriles, o advogado que sonhou derrotar ChávezChávez diz que governará com a oposição e pede que adversários contribuam para o diálogoCapriles, Morales e Correa felicitam Chávez por vitória na eleiçãoAlém de Capriles e Chávez, outros quatro candidatos presidenciais inscritos tinham chance de vencer as eleições: os sindicalistas Orlando Chirinos e Reina Sequera, o engenheiro Luis Reyes e a padeira María Bolívar.
Chávez, de 58 anos e desde 1999 no poder, chega às eleições na liderança da maioria das pesquisas, embora Capriles, de 40 anos e ex-governador do populoso estado de Miranda (norte), tenha diminuído a distância que o separa do presidente, de acordo com pesquisas divulgadas até o fim da semana passado, quando suas veiculações passaram a ser proibidas, de acordo com a legislação.
Capriles oferece um modelo baseado no brasileiro, que concilie os setores público e privado, e quer acabar com a forma personalista de governar de Chávez, que concentra um grande poder em suas mãos e exerce um controle absoluto sobre os meios de comunicação estatais.
Com agências