Uma investigação sobre a morte do estudante brasileiro Roberto Laudísio Curti, detido pela polícia australiana em Sydney em março, revelou que os agentes dispararam pelo menos 14 vezes as pistolas paralisantes Taser contra o jovem antes da morte da vítima.
"Foram aplicadas um total de 14 descargas contra Roberto", disse Jeremy Gormly, o advogado que investigou o caso, segundo o qual muitos disparos não atingiram o estudante.
A polícia perseguiu Curti depois que o jovem, que estava desarmado, supostamente tinha roubado dois pacotes de biscoito em um mercado. O brasileiro resistiu à ação dos policiais, alegaram os agentes.
O tribunal foi informado que a polícia utilizou spray de pimenta, cassetetes e outro tipo de força antes de recorrer às pistolas Taser, que utilizam uma descarga elétrica para incapacitar a pessoa.
À medida que mais agentes entraram na perseguição, conseguiram derrubar Curti no chão. Pouco depois, observaram que o brasileiro não respirava.
Após o incidente, a polícia defendeu o uso das pistolas Taser, mas a morte do jovem brasileiro provocou uma convocação do cônsul do Brasil em Sydney para receber uma explicação.