Para defender a busca por acordos de paz negociados e o fim dos conflitos armados, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, viaja esta semana para o Oriente Médio. A viagem tem dois destinos – Israel, no dia 14 (domingo), e a Palestina, na segunda-feira (15). As conversas de Patriota ainda estão sendo agendadas. A disposição do chanceler é demonstrar a preocupação que o Brasil tem com a região.
O Brasil é favorável ao Estado da Palestina autônomo e independente. Para a presidenta Dilma Rousseff, o reconhecimento da Palestina é a única solução de paz entre israelenses e palestinos. Segundo ela, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve dar prioridade ao assunto e buscar uma solução imediata para a questão.
“Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios, inclusive de Israel, por paz com seus vizinhos, segurança nas fronteiras e estabilidade política regional”, disse Dilma, no último dia 2, no Peru.
Na semana passada, durante a 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul–Países Árabes (Aspa), em Lima, no Peru, a presidenta Dilma Rousseff repudiou “todas as formas de intolerância religiosa”, assim como o que chamou de islamofobia, que é o horror aos seguidores do islamismo.
Ela defendeu a busca pelo “caminho do diálogo” nas situações de conflito e mencionou o esforço na Aspa. Na ocasião, a presidenta ressaltou o apoio do Brasil ao enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi.
Em várias ocasiões, Dilma e Patriota referiram-se às preocupações em torno dos confrontos armados não só na Síria, como também na Líbia e no Iraque. O governo brasileiro é contra intervenções militares externas em caso de conflitos nos países muçulmanos. “A solução para os problemas enfrentados pelos países árabes, do nosso ponto de vista, só poderá ser encontrada por eles próprios”, destacou a presidenta.
Nas reuniões que terá em Tel Aviv, em Israel, e Ramalah, na Cisjordânia, Patriota também deverá mencionar a defesa do governo brasileiro na promoção do desarmamento nuclear e da não proliferação de armas nucleares. O Brasil defende a criação de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio.