O governador opositor Henrique Capriles, que perdeu as eleições presidenciais de domingo para o presidente Hugo Chávez, se registrou nesta quinta-feira como candidato à reeleição no estado de Miranda (norte), nas regionais do próximo 16 de dezembro."Eu me registrei para que juntos continuemos o caminho de Miranda, que tenho muita fé de que antes do que esperamos será o caminho da nossa Venezuela", disse Capriles a dezenas de simpatizantes, mostrando a ata de sua candidatura firmada em um escritório regional eleitoral.

"Quem não votou em 7 de outubro tem que votar, tem uma dívida com Miranda e com a Venezuela", acrescentou o governador, assegurando que neste pleito vai superar os governistas.

Capriles, de 40 anos, enfrentará em Miranda o vice-presidente Elías Jaua, que será substituído no cargo nos próximos dias pelo chanceler Nicolás Maduro, anunciou Chávez nesta quarta-feira, quando também foram divulgados os candidatos a governador da situação.

O ex-presidenciável oposicionista antecipou que percorrerá todo o estado de Miranda, como fez casa por casa do país na campanha pelas presidenciais e pediu apoio para todos os candidatos opositores aos outros governos do país, 23 no total.

O líder opositor, que já foi deputado em 1999 e prefeito do município de Baruta, em Caracas, entre 2000 e 2008, advertiu seus simpatizantes que durante a campanha pelas regionais também enfrentarão a máquina estatal do governo, como denunciou durante a disputa presidencial.

"Aqui vão utilizar todos os recursos, vão utilizar todo o aparelho (estatal), todo o poder para tentar nos vencer em 16 de dezembro", informou.

"Não tenham dúvidas de que Miranda não vai voltar nem à escuridão, nem à corrupção, nem à ineficiência, nem aos trapaceiros", afirmou Capriles, afirmando que durante seu mandato mostrou um trabalho "com transparência e eficiência", diferente das "más gestões dos prefeitos e dos governadores vermelhinhos (cor da situação)".

Capriles perdeu as presidenciais com 44,13% dos votos diante de Chávez, reeleito com 55,25% dos votos, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que ainda não contabilizou os votos emitidos no exterior.