Jornal Estado de Minas

Obama e Romney se preparam para debate de terça-feira

Agência Estado
Barack Obama e Mitt Romney se reuniram com seus conselheiros neste domingo para se prepararem para o segundo debate presidencial, um confronto no qual o presidente espera se recuperar de sua fraca performance no primeiro debate. Já o adversário republicano busca aproveitar bom momento de sua campanha na corrida para a Casa Branca.
O debate de terça-feira vai acontecer exatamente a três semanas da eleição de 6 de novembro, num momento no qual os eleitores norte-americanos estão divididos e a economia luta para se recuperar da recessão. Pesquisas mostram que questões econômicas e o alto desemprego continuam a ser a principal preocupação dos eleitores. Obama se reuniu com assessores em um resort de Williamsburg, na Virgínia. Romney foi para sua casa, na região de Boston, onde trabalhada para aprimorar sua performance em relação ao debate de quase duas semanas atrás.

Milhões de norte-americanos já estão votando nas eleições antecipadas, o que deixa pouca margem e ainda menos tempo para recuperar quaisquer erros durante o debate. Obama estuda métodos mais dirigidos e agressivos para atacar Romney. "O governador Romney vem persuadindo pessoas durante toda a sua vida", declarou a porta-voz de Obama, Jennifer Psaki. "Ele sabe dizer o que as pessoas querem ouvir seja durante o período em que atuou no Bain ou nas dezenas de cidades que ele percorreu durante as primárias", disse ela, referindo-se ao fundo de private equity que Romney dirigiu.

Enquanto o republicano se preparava para o debate, sua campanha lançava um novo anúncio de televisão com imagens de seu parceiro de legenda, Paul Ryan, durante o debate realizado na semana passada com o vice-presidente Joe Biden. O anúncio, intitulado "Disciplina Fiscal", mostra imagens de Ryan dizendo que o governo "não pode continuar gastando dinheiro que não tem". Seus comentário são justapostos a um vídeo do debate no qual Biden está rindo.

O próximo debate, que vai acontecer na terça-feira na Hofstra University, em Hempstead, Nova York, é uma das últimas oportunidades de alterar a trajetória da corrida eleitoral, razão pela qual as duas campanhas trabalham fervorosamente nos nove estados mais competitivos: Colorado, Flórida, Iowa, Nevada, New Hampshire, Carolina do Norte, Ohio, Virgínia e Wisconsin. O presidente dos Estados Unidos não é escolhido pelo voto popular nacional, mas por disputas Estado a Estado, o que torna Estados "indecisos" como Ohio, onde não há maioria nem republicana nem democrata, muito importantes numa eleição apertada como esta.