A oposição síria no exílio receberá positivamente um eventual cessar-fogo no final deste mês, como foi proposto pelo enviado da ONU, mas cabe ao governo a maior parte da responsabilidade, disse à AFP nesta terça-feira o líder da oposição Abdel Basset Sayda.
"Daremos boas-vindas a uma interrupção do massacre, mas acredito que o chamado deve ser dirigido primeiro ao regime sírio, que continua a bombardear as cidades e aldeias da Síria", declarou o líder da oposição.
Os rebeldes armados do Exército Sírio Livre (ESL) "estão apenas agindo em defesa própria, por isso acho que seria normal que cessem as hostilidades quando a máquina de guerra parar", considerou.
O enviado especial da Liga Árabe e da ONU, Lakhdar Brahimi, propôs uma trégua pelos quatro dias de comemoração do Al-Adha, no final deste mês, como forma de criar condições para um processo político.
O governo sírio afirmou terça-feira que está interessado em "explorar a ideia" de uma trégua, mas acrescentou que para pôr fim à violência será necessário envolver os rebeldes e aqueles que os apoiam.