Jornal Estado de Minas

FBI impede atentado com carro-bomba contra Nova York

AFP
Um bengalês de 21 anos supostamente ligado à Al-Qaeda foi detido nesta quarta-feira, em Nova York, quando tentava atacar o Federal Reserve da cidade com um carro-bomba, informaram as autoridades americanas.
Quazi Mohammad Rezwanul Ahsan Nafis foi detido de manhã perto da sede do Fed no sul de Manhattan depois de detonar o que acreditava ser uma bomba de 1.000 libras (cerca de 450 quilos) colocada em um carro, explicou a Procuradoria.

No entanto, o suspeito não sabia que as duas pessoas que acreditava ter como cúmplices e que haviam fornecido a ele os falsos explosivos fossem um informante e um agente disfarçado do FBI, o Departamento Federal de Investigações americano.

Nafis foi acusado de tentativa de uso de arma de destruição em massa e de tentativa de fornecer material à rede terrorista Al-Qaeda.

O jovem bengalês chegou aos Estados Unidos no início do ano "com o objetivo de realizar um ataque terrorista contra o território americano", assinalou a promotoria federal do Brooklyn, encarregada do caso.

"Nafis, que afirma ter conexões com a Al-Qaeda no estrangeiro, tentou recrutar indivíduos para formar uma célula terrorista dentro dos Estados Unidos e também buscou de maneira ativa contatos com a Al-Qaeda nos Estados Unidos para ajudá-lo a concretizar o ataque", segundo a promotoria.

Após avaliar várias possibilidades, incluindo matar um alto funcionário americano ou atacar a Bolsa de Nova York, Nafis decidiu explodir o prédio do Federal Reserve na cidade.

Durante a investigação, o agente do FBI disfarçado forneceu ao jovem 20 bolsas com cerca de 22 quilos de falsos explosivos cada que seriam detonadas próximo ao prédio.

Na manhã desta quarta-feira, Nafis colocou os cerca de 450 quilos de "explosivos" em uma caminhonete e dirigiu até o prédio do Federal Reserve junto com o agente do FBI.

Após estacionar o veículo, o jovem caminhou até um hotel próximo e tentou detonar a bomba, sendo imediatamente detido pelas autoridades.

De acordo com a promotoria, o jovem escreveu uma carta assumindo a responsabilidade pelo ataque na qual afirmava querer "destruir os Estados Unidos" e chamava de "querido" Osama bin Laden, fundador da Al-Qaeda morto por tropas americanas em maio de 2011.

Segundo o chefe da polícia de Nova York, Ray Kelly, já ocorreram mais de 15 tentativas de atentado em Nova York desde os ataques de 11 de setembro de 2001 contra o World Trade Center, que deixaram mais de 3 mil mortos.