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Aviação israelense mata três palestinos na Faixa de GazaEmir do Qatar visita a Faixa de GazaAtaque aéreo israelense mata palestino em GazaNoam Chomsky visita Faixa de GazaEntre 2007 e 2010, Israel manteve um cerco muito estrito à Faixa de Gaza. Durante esse período, os militares israelenses limitaram a quantidade de alimentos que entrou no território palestino, uma faixa costeira semiárida na costa do Mediterrâneo e próxima ao deserto da Península do Sinai.
O documento é de janeiro de 2008. Nele, militares israelenses determinaram como seria possível garantir que cada habitante da Faixa de Gaza ingerisse 2.279 calorias por dia, uma quantidade em linha com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento até detalha que cada homem com uma idade entre 15 e 50 anos precisa comer pelo menos 316,05 gramas de carne por dia, enquanto cada mulher na mesma faixa etária precisa comer 190,47 gramas de farinha de trigo. A análise também inclui ajustes para levar em conta a possível produção das fazendas locais na Faixa de Gaza, bem como uma estimativa das importações necessárias para manter a população. Durante o cerco, a Faixa de Gaza também recebeu alimentos contrabandeados a partir do Egito, que chegavam por uma rede de túneis clandestinos. Esses alimentos, contudo, sempre chegaram com preços altos praticados pelo contrabando e eram inacessíveis a grande parte da população.
O porta-voz das Forças Armadas de Israel, o major Guy Inbar, disse que os cálculos não foram feitos para punir os habitantes da Faixa de Gaza. Ao contrário, ele disse que foram uma garantia para ajudar a identificar quais alimentos estariam em falta e evitar uma crise humanitária.
Já o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, disse que o documento prova que "o cerco à Faixa de Gaza foi planejado e o alvo não era o Hamas ou o governo, como a ocupação (Israel) sempre afirmou. O cerco tinha como objetivo todos os seres humanos. Esse documento deveria ser usado para julgar os crimes cometidos pela ocupação, foram crimes contra a humanidade cometidos em Gaza".