O ex-presidente rejeita a concessão do status político às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), a guerrilha mais antiga da América Latina, que considera uma organização estritamente criminosa.
Uribe, que durante seu governo combateu frontalmente as guerrilhas com o apoio dos Estados Unidos, se tornou um dos maiores críticos de seu sucessor, Juan Manuel Santos, que foi seu ministro da Defesa.
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Governo colombiano e Farc iniciam negociações de paz na NoruegaFarc têm lucro anual de até US$ 3,5 bilhões com narcotráfico, diz ColômbiaVice-presidente da Colômbia sofre de câncer de próstataAs vítimas do conflito, o ponto mais espinhoso para a paz na ColômbiaUribe também lamentou que o governo tenha aceito dialogar com a guerrilha sobre o desenvolvimento rural, o primeiro ponto de discussão na mesa de negociação que será montada em novembro, em Havana.
"A agenda nacional, o setor rural, não pode ser negociado com o terrorismo", disse o ex-presidente.
Os outros pontos da agenda são a participação política, o narcotráfico, o abandono das armas e os direitos das vítimas.
O chefe negociador do governo colombiano, Humberto de la Calle, afirmou nesta quinta-feira, na instalação formal do diálogo com as Farc em Oslo, que a organização poderá se tornar um partido político no final do processo.
De la Calle destacou que o acordo de paz deverá respeitar os compromissos internacionais em matéria de justiça e que as Farc prestarão contas as suas vítimas.