A Turquia e a Alemanha jogaram seus pesos políticos nesta sexta-feira e pediram que o governo da Síria e os insurgentes sírios respeitem um cessar-fogo durante o feriado islâmico do Eid al-Adha (Festa do Sacrifício), que acontecerá em 28 de outubro. Enquanto isso, o enviado internacional da Liga Árabe e da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Lakhdar Brahimi, chegou a Damasco, onde fará mais um esforço para as duas partes aderirem ao cessar-fogo.
Nos últimos dias, ativistas reportaram um aumento nos bombardeios da Força Aérea da Síria contra cidades no norte do país e na violência. Brahimi terá uma reunião com o chanceler sírio Walid Moallem no sábado. O feriado do Eid al-Adha acontecerá entre os dias 26 e 28. O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse que as duas partes precisam suspender as hostilidades "pelo menos" durante o feriado. Já o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, também pediu por um cessar-fogo no feriado muçulmano, ao dizer que a trégua seria "um raio de esperança humanitária para o povo da Síria". Apesar dos esforços para um cessar-fogo que suspenda a matança, ocorreram mais ataques da Força Aérea da Síria nesta sexta-feira contra cidades na província de Idlib. Não existem relatos sobre vítimas, mas dezenas de pessoas foram mortas em bombardeios contra cidades em Idlib e Alepo na quarta-feira e quinta-feira. A guerra civil na Síria deixou mais de 30 mil mortos desde março do ano passado e o número de refugiados passou de 300 mil.