Cuba realiza eleições municipais sem o apelo de outros países. Os críticos dizem que o pleito é um embuste uma vez que os eleitores não têm opção contra o Partido Comunista. Um processo eleitoral único e prolongado está em andamento. Mais de 8 milhões de cubanos vão às urnas, neste fim de semana, para as eleições municipais.
O processo chega ao clímax em fevereiro, quando os legisladores da Assembleia Nacional vão votar em quem vai ocupar a Presidência, o posto mantido por Raul Castro desde 2008. Em setembro, os cubanos se encontraram em locais ao ar livre e prédios para escolher os candidatos municipais. Estas assembleias nomearam 32 mil candidatos e cada distrito eleitoral deve ter entre dois e oito nomes para concorrer.
A campanha permitida é feita com folhas de papel contendo biografias e fotos dos candidatos e coladas em muros e janelas em cada vizinhança. Neste domingo, os cubanos vão votar para os candidatos municipais. Depois das eleições locais, comissões eleitas por trabalhadores e estudantes escolhem candidatos para a legislatura nacional, que irá escolher o próximo presidente.
O governo diz que o elevado comparecimento às urnas mostra apoio à revolução. Mas dissidentes dizem que as pessoas votam por temor de que, se não for assim, podem enfrentar problemas.