O ex-governador tem ligeira vantagem sobre o presidente, segundo pesquisa da rede de TV CNN publicada na semana passada. De acordo com a CNN, Romney aparece com 48% das intenções de voto contra 47% do presidente, o que caracteriza empate técnico.
A mesma pesquisa aponta vantagem do presidente em relação à política externa, tema do último debate. Para 49% dos consultados pela emissora, o presidente Obama é o mais indicado para conduzir a política externa americana, dois pontos percentuais à frente de Romney.
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Obama e Romney debaterão política externa na 2ª-feiraPassada a trégua, Obama e Romney voltam à arena eleitoral Obama e Romney duelam sobre política externa e economiaÚltimo debate de Obama e Romney na disputa pela Casa Branca Último debate de Obama e Romney promete esquentar disputa pela Casa BrancaPara Obama, o diálogo deve ser mantido com todos os líderes políticos, mesmo aqueles, como no caso do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadijenad, que são críticos dos Estados Unidos. "Países e presidentes fortes dialogam com seus adversários", disse ele, que defende uma solução negociada por meio da diplomacia e da imposições de sanções.
Romney tem posição distinta. “Se vocês me elegerem como próximo presidente, eles não terão uma arma nuclear", disse, referindo-se às suspeitas em relação ao Irã de desenvolver programa que leve à produção de armas nucleares. Ele rejeita qualquer tentativa de convencimento por meio da diplomacia, mas prefere elevar o tom por meio da aplicação de mais sanções. Para Romney, uma ação militar pode funcionar no embate com o Irã.
Em relação à questão Israel e Palestina, Obama disse que seu compromisso com a segurança de Israel não pode vacilar, nem a busca pela paz. Para Romney, o impasse é assim definido: "A chave para uma negociação de paz duradoura é Israel saber que estará seguro".
Ao comentar questões como os efeitos da Primavera Árabe, o conflito civil na Síria e o filme anti-Islã que desencadeou uma série de protestos violentos na região contra as representações diplomáticas americanas, ambos também divergem.
"América e Islã não são excludentes e não precisam estar em lados opostos", disse Obama. Segundo Romney, sua administração vai se esforçar para garantir que "a Primavera Árabe não seja seguida por um Inverno Árabe".
Em relação à Rússia, governada pela terceira vez por Vladimir Putin, Obama e Ronmey também pensam de forma distinta. "A Rússia não é nosso inimigo número um, a não ser que você ainda viva na Guerra Fria", disse Obama. "A Rússia é, sem dúvida, nosso inimigo geopolítico número um. Eles lutam por todas as piores causas do mundo", disse Ronmey.
O embargo imposto pelos Estados Unidos a Cuba também divide os dois candidatos. "A América Latina é uma região em movimento, orgulhosa de seu progresso e pronta para assumir um papel maior nos assuntos mundiais. É mais importante do que nunca para a prosperidade e segurança dos Estados Unidos”, disse Obama, evitando polemizar.
Ronmey tem um discurso que estimula ainda mais as divergências com o regime de Cuba. "Vou lançar uma campanha para incentivar a oportunidade econômica na América Latina e ressaltar o contraste entre os benefícios da democracia, do livre comércio e da livre iniciativa e a falência moral e material dos modelos venezuelano e cubano", acrescentou.