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Itália condena cientistas que não previram terremotoMonti planeja deixar cargo após eleição na ItáliaJustiça alemã não julgará 8 nazistas por massacre na Itália em 1944O Ministério Público de Nápoles investiga a regularidade dos milionários contratos assinados entre filiais da Finmeccanica e o Brasil, assim como o papel desempenhado pelo ex-ministro Scajola nessa operação.
Por ordem da procuradoria, a polícia realizou nesta sexta-feira uma série de operações em Rama e Nápoles, entre elas à residência do presidente da associação de industriais napolitanos, Paolo Graziano, envolvido no escândalo.
"Sempre respeitei as regras e as leis, cumpri com meus deveres e realizei reuniões oficiais à luz do dia. Estou tranquilo", declarou Scajola, que se colocou à disposição do poder judiciário.
Um de seus colaboradores está sendo investigado junto com o ex-ministro. Enquanto isso, foi detido em Roma no âmbito do mesmo caso um funcionário de alto escalão da Finmeccanica, o segundo maior grupo industrial público da península, especializado em setores como aeronáutica, eletrônica de defesa, energia e transportes, por "subornos" com o Panamá.
Segundo fontes judiciais ligadas a Henry John Woodcock e Vicenzo Piscitelli, os procuradores de Nápoles que investigam as irregularidades da Finmeccanica, estes investigam paralelamente a venda de helicópteros e armamentos ao Panamá por parte de empresas vinculadas à empresa italiana.
O jornal Il Corriere della Sera sustenta que as filiais da Finmeccanica se apoiaram na empresa Agafia, com sede no Panamá e propriedade de Walter Lavitola, para suas operações.
A empresa italiana indicou em uma nota oficial divulgada em abril deste ano que havia assinado em agosto de 2010 um contrato "legal" com o Panamá para a entrega de cinco helicópteros através de Agusta Westland e que tais aeronaves não foram entregues pelo fato de que "ainda estão em produção".