O regime em Havana anunciou nesta quarta-feira (25) novas medidas migratórias que favorecem visitas ao país de cubanos que fugiram da Ilha, como médicos e atletas que abandonaram missões no estrangeiro a partir dos anos 1990.
"Vamos normalizar a entrada temporária no país dos cidadãos que emigraram ilegalmente após os acordos migratórios de 1994 (com os Estados Unidos)", anunciou o secretário do Conselho de Estado, Homero Acosta, em entrevista na TV estatal.
As medidas envolvem "profissionais de saúde e esportistas de alto rendimento que abandonaram missões, evitaram seu regresso ou saíram ilegalmente do país após 1990, se o fato ocorreu há mais de oito anos", disse Acosta.
O funcionário destacou que "a medida não se aplica a quem saiu através da ilegal Base Naval de Guantánamo, por razões de defesa e segurança nacional".
Acosta também anunciou o favorecimento de visitas "dos que saíram do país de forma ilegal e que pretendem retornar por razões humanitárias, para ajudar parentes incapazes em Cuba ou outros motivos fundamentados".
O governo prevê ainda "regularizar visitas ao país de cidadãos cubanos que emigraram ilegalmente quando eram menores de 16 anos", e neste caso não há exigência sobre o espaço de oito anos.
Ao menos dois milhões de cubanos emigraram para 150 países desde 1959, quando Fidel Castro chegou ao poder, a grande maioria vive nos Estados Unidos.
No dia 16 de outubro passado, Havana anunciou uma reforma de sua política migratória que eliminará, a partir de 14 de janeiro de 2013, a exigência de autorização de saída e da carta de convite, duas das principais restrições em vigor há décadas na Ilha.