O ex-mordomo do papa Bento XVI, Paolo Gabriele, de 46 anos, começou a cumprir nesta quinta-feira sua sentença de 18 meses de prisão em uma cela dentro da Cidade do Vaticano, por roubo de correspondência papal, no maior vazamento de informações que ocorreu na Santa Sé em anos. Gabriele furtou vários documentos do pontífice e os repassou a um jornalista italiano, Pierluigi Nuzzi, que publicou um livro revelando as relações entre a Igreja e vários governos, além dos esforços de Bento XVI para abafar escândalos sexuais na ordem Legionários de Cristo.
O comunicado desta quinta-feira diz que a punição dada a Gabriele foi "suave e justa". O ex-mordomo servia as refeições ao papa e o ajudava a se vestir para as cerimônias. Lombardi lembrou que Bento XVI, como soberano de Estado, tem o poder de perdoar o ex-mordomo. A opção de Gabriele era ser enviado a uma penitenciária italiana, mas o Vaticano considerou isso arriscado com medo que o ex-mordomo revelasse detalhes da intimidade papal ou segredos do Vaticano aos detentos.