Mais de três milhões de muçulmanos cumpriam neste sábado o último rito da peregrinação a Meca ou "hadj", que consiste em apedrejar três colunas que simbolizam Satã.
Avançando em grupos separados de acordo com sua nacionalidade, homens, mulheres e crianças se reuniram no vale de Mina, perto de Meca, na Arábia Saudita, ao redor das três colunas, gritando "Alá Akbar" (Deus é grande) e atirando pedras contra elas.
No entanto, outras centenas de milhares, provenientes, sobretudo, do interior do reino, realizam sem permissão e sem terem sido contabilizados a peregrinação, que começou na quinta-feira.
Alguns rezavam em voz alta e outros tiravam fotos com seus telefones celulares, o que irritou as forças de segurança mobilizadas no local para garantir o desenvolvimento deste ritual dentro da calma.
"Como vocês podem ao mesmo tempo apedrejar Satã e tirar fotos?", repetiam os membros das forças de segurança através de alto-falantes.
O ritual simboliza o apedrejamento que Abraão fez contra os três locais nos quais o diabo apareceu, segundo a tradição, para tentar dissuadi-lo de oferecer seu filho a Deus como sacrifício.
O apedrejamento de Satã, uma atividade muito perigosa devido aos muitos peregrinos que convergem em direção ao mesmo local, foi marcado nos últimos anos por avalanches mortais, até que as autoridades realizaram obras na região.
Agora os fiéis chegam ali através de uma ponte de vários níveis e a polícia se encarrega de manter a fluidez da circulação.
No total, segundo as autoridades, cerca de 168 mil agentes da polícia e da defesa civil foram mobilizados nos locais santos para garantir o bom desenvolvimento do hadj, que terminará no domingo.
A peregrinação é um dos cinco pilares do islã que todo fiel deve cumprir ao menos uma vez na vida se tiver os meios necessários para isso. á