Quase dois anos após o assassinato do neonazista norte-americano Jeff Hall, de 32 anos, o filho do homem, que na época da morte do pai tinha 10 anos, está sendo levado a julgamento, com a possível acusação de parricídio no Estado da Califórnia. Hall foi morto com um tiro à queima roupa enquanto assistia à televisão no sofá da sala. O menino disse à polícia que usou uma pistola Magnum 357 para matar o pai. Os advogados de defesa afirmam que o menino cresceu em um ambiente de violência familiar e foi doutrinado no nazismo desde a mais tenra idade. Além disso, tem problemas psicológicos e não poderia ser enviado à penitenciária se for condenado.
Hall, um encanador de 32 anos que acreditava em criar uma "nação branca" em separado dentro dos EUA, vivia na zona sul de Los Angeles com a namorada e os cinco filhos do primeiro casamento. O menino suspeito de parricídio é o mais velho dos cinco. Ele afirmou que a namorada do pai estava a ponto de abandonar a casa e ele não queria ficar sem a madrasta. A mulher, em depoimento à polícia de Los Angeles, disse que Hall batia na criança sem nenhum motivo, apenas pelo fato de o garoto estar no caminho do pai em um corredor.
Se o tribunal acreditar que o menino matou o pai, ele poderá ficar sob custódia em uma casa de correção na Califórnia até os 23 anos de idade, disse Bill Sessa, porta-voz do Departamento Penitenciário da Califórnia. Atualmente, 900 pré-adolescentes e adolescentes estão internados nesse sistema por crimes graves. "Nós não temos ninguém tão jovem em uma casa de correção", disse Sessa. "Tivemos meninos de 12 anos no passado, mas é raro alguém dessa idade", disse.