A nação estava preparada para o pior desde o fim de semana, e o então furacão correspondeu à expectativa das autoridades. “Esperávamos uma tempestade de grandes proporções, e foi o que aconteceu. Foi devastadora, talvez a pior que já tenhamos visto”, assinalou ontem o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Ele informou que 18 pessoas morreram devido à passagem da supertempestade na megalópole. O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, ficou surpreso com a destruição. “Não creio que palavras como catastrófico e histórico sejam muito fortes para explicar o impacto”, comentou. O governador de Nova Jersey, Chris Christie, por sua vez, classificou a devastação de “inimaginável”. Um dique se rompeu no condado de Bergen e levou a central nuclear de Oyster Creek, no condado de Ocean, a declarar estado de alerta.
No boletim emitido pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA, às 17h de ontem, a tempestade estava na Região Sudoeste da Pensilvânia, com ventos máximos de 72 km/h. Ela se dirigia no sentido oeste a uma velocidade de 9,65 km/h. Sandy também afetou o Canadá, onde uma pessoa morreu e mais de 130 residências ficaram sem eletricidade devido à queda de cabos de energia e de árvores. Em sua passagem pelo Caribe, quando ainda era furacão, causou 67 mortes. Depois da passagem da tempestade, Nova York retomava seu funcionamento, embora quase 500 mil casas estivessem sem eletricidade e muitas áreas no Sul de Manhattan continuassem debaixo d’água, com o metrô e os túneis inundados. A Bolsa de Valores reabrirá hoje, após dois dias sem funcionar. O serviço de ônibus deve ser completamente retomado também hoje.