Embora os americanos estivessem preparados para o pior com a chegada de Sandy, rebaixado de furacão para ciclone pós- tropical antes de atingir Nova Jersey, na noite de segunda-feira, a costa leste dos EUA sofreu grande devastação e pelo menos 48 pessoas morreram, além de um homem no Canadá. O que se vê agora é um quadro trágico: a maior inundação da história de Nova York. Pelo menos 8,4 milhões de pessoas estão sem luz, segundo a rede NBC, e os prejuízos podem alcançar US$ 50 bilhões - e somente metade estaria protegida por seguro. O presidente Barack Obama declarou Nova York e Nova Jersey regiões de "grande desastre". Enquanto isso, Sandy segue rumo à Pensilvânia, passando pela Virgínia Ocidental, onde formou-se uma forte nevasca. Os ventos chegam a 105 quilômetros por hora.
Em Nova York, o nível de água atingiu altura inédita desde 1821. No Centro de Manhattan, por exemplo, a água ultrapassou os quatro metros. Segundo o governador do estado, Andrew Cuomo, quase 2 milhões de moradores estão sem luz. No Queens, 80 casas foram incendiadas na madrugada de ontem. O hospital da Universidade de Nova York precisou retirar seus mais de 200 pacientes depois de apresentar falhas no gerador.
A atuação do presidente foi elogiada até por adversários políticos, inclusive o republicano Chris Christie, governador de Nova Jersey, que apoia Mitt Romney na corrida à Casa Branca. Obama interrompeu sua campanha à reeleição uma semana antes da votação, para administrar a resposta do governo federal ao Sandy. O presidente Barack Obama passou a noite sendo informado sobre a evolução da supertempestade e em contato com as autoridades de Nova York e Nova Jersey, dois dos estados mais afetados pela tormenta, anunciou uma fonte da Casa Branca. Os três aeroportos de Nova York foram fechados. Mais de 15 mil voos foram cancelados só nos EUA. A bolsa de valores não abriu na segunda-feira nem ontem e também deve permanecer fechada nesta quarta.