As principais cidades dos Estados Unidos tentam retomar a normalidade de suas rotinas nesta quarta-feira, após a passagem do Furacão Sandy pela Costa Leste do país. Devem ser reabertos os aeroportos, a Bolsa de Valores de Nova York, algumas estações de trem, além dos supermercados. A previsão, no entanto, é que o metrô de Nova York, um dos principais do país, mantenha-se fechado devido às inundações em algumas de suas linhas.
Os aeroportos John F Kennedy, em Nova York, e Newark, em Nova Jersey, devem reabrir operando parcialmente hoje. Mas são esperados atrasos, pois cerca de 18 mil voos foram cancelados nos últimos dias. O aeroporto nova-iorquino de La Guardia continuará fechado. Bondes e barcas também estão retomando serviços, mas a maioria das pontes de Nova York continua fechada.
A Bolsa de Valores de Nova York anunciou que reabrirá hoje, após dois dias fechada. A última vez que a bolsa de Nova York fechou por dois dias foi em 1888. O metrô da cidade sofreu os maiores danos de seus 108 anos de história, segundo o chefe da Autoridade Metropolitana de Trânsito (MTA, na sigla em inglês), Joseph Lhota.
Os túneis do metrô foram inundados e os equipamentos elétricos terão de ser limpos antes da reabertura da rede. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse não haver prazo para a reabertura do metrô. Segundo ele, a energia na cidade só deverá ser restabelecida dentro de dois dias.
A estimativa preliminar é que, pelo menos, 48 pessoas tenham morrido durante a passagem do furacão. Os custos de reconstrução nas regiões castigadas podem chegar a US$ 40 bilhões. O prejuízo é inferior ao deixado pelo Furacão Katrina, em 2005, que chegou a US$ 100 bilhões.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que "estragos não eram vistos há pelo menos uma geração". O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve visitar hoje as áreas afetadas do estado de Nova Jersey.