A passagem da Tempestade Sandy, que chegou a ser considerada furacão, castigando a maior parte de Cuba, não afetará as eleições em 168 municípios do país. Domingo (4), 413 mil eleitores irão às urnas, no segundo turno das eleições municipais, para escolher 14.537 conselheiros, que equivalem aos vereadores no Brasil.
Nas regiões de Santiago de Cuba e Holguín, no oriente de Cuba, no entanto, as eleições foram adiadas devido aos efeitos causados pela passagem de Sandy. Em Holguín, as eleições ocorrerão no dia 11. Em Santiago de Cuba ainda não foi marcada a nova data.
As duas áreas foram as mais afetadas do país. Cuba, que sofre com o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos, teve as dificuldades aumentadas porque a tempestade destruiu plantações, impedindo as colheitas.
Em Cuba, Sandy provocou ventos de 175 quilômetros por hora. Ao passar pelo Caribe, Sandy deixou um rastro de, pelo menos, 71 mortos.
As eleições municipais em Cuba ocorrem a cada dois anos e meio. Em 2013, haverá eleições para representantes nas assembleias provinciais e no Parlamento. O voto é livre, secreto e voluntário. Não há obrigatoriedade de voto no país.
Em Cuba, além das plantações, casas e prédios públicos que ficaram destruídos, também houve queda de energia e da rede de comunicação em parte do país.Vários governos latino-americanos, como o Brasil, a Venezuela e Bolívia anunciaram ajuda para os cubanos.
Apesar da gravidade dos prejuízos, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Cuba confirmou que as eleições de amanhã estão mantidas na maior parte do país. O primeiro turno das eleições municipais ocorreu no último dia 21. As zonas eleitorais, localizadas em escolas, serão abertas às 7h e fechadas às 18h.
A vice-presidenta da CNE, Rosa Charroó, disse que foram tomadas providências para facilitar a votação daqueles que estão em dificuldades devido aos prejuízos causados pela tempestade. Rosa disse ainda que vai garantir o “fluxo das informações” sobre as eleições, embora o país ainda esteja em dificuldades.