Em oito estados, o panorama político permanece indefinido. Indiana e Massachusetts, dois dos mais populosos do país, estão nesta lista. Em Indiana, o impasse na corrida ao Senado contou com a ajuda do candidato republicano, Richard Mourdock, ao fazer declarações polêmicas a respeito do estupro na reta final da campanha. No fim de outubro, ele afirmou que a gravidez provocada por um estupro é obra da vontade divina. Diante do comentário infeliz – explorado, inclusive, na campanha presidencial de Obama para atacar Romney –, o candidato democrata no estado Joe Donnelly tenta colher os frutos junto ao eleitorado.
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O mundo ainda prefere ObamaDisputa acirrada na Flórida pode atrasar muito a apuração e ser resolvida pela JustiçaProjeção Para o professor de relações internacionais da Universidade de Brasília Antonio Ramalho, que acompanha as eleições americanas, a maioria dos candidatos nos EUA que buscam uma cadeira no Senado pretende se projetar nacionalmente, de olho na candidatura em eleições presidenciais futuras. Segundo ele, a questão federativa norte-americana é muito mais forte do que a brasileira. "Vale muito mais o interesse do estado. Aqui no Brasil isso se mescla com a influência da região, do partido político, se é da base aliada ou não é. Lá, não ocorre de um senador abrir espaço para um suplente, por exemplo", afirma.
Ramalho lembra que o vice-presidente eleito dos EUA acumula a função de presidente do Senado, o que aproxima os papeis do Executivo e do Legislativo. Mas como o vice não é um senador, só vota em caso de empate. "Com a maioria na Casa, um partido nomeia com mais facilidade cargos nas comissões. Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos sabem que não governam sem o Senado. Por isso, se empenham nas suas campanhas", explica.