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Estado de Minas ELEIÇÕES AMERICANAS

Primeiros centros de votação abrem nos Estados Unidos

Flórida é o maior dos chamados swing states - estados em que os eleitores ainda estão indecisos


postado em 06/11/2012 09:23 / atualizado em 06/11/2012 10:34

Eleitores aguardam a vez na Carolina do Norte(foto: REUTERS/Chris Keane )
Eleitores aguardam a vez na Carolina do Norte (foto: REUTERS/Chris Keane )

Os primeiros centros de votação abriram nesta terça-feira nos Estados Unidos, em eleições disputadas entre o presidente democrata Barack Obama e seu adversário republicano Mitt Romney.

Os centros de votação abriram às 6h locais (9h de Brasília) nos estados de New Hampshire e Virgínia - que podem decidir a eleição - assim como em Nova York, Nova Jersey, Connecticut, Indiana, Kentucky, Maine e Vermont.


Depois de uma campanha de quase dois anos de duração - a mais cara e uma das mais negativas já registradas - os americanos vão decidir se Obama merece ser reeleito, apesar da economia frágil, ou se apostarão na mudança prometida por Romney.


Obama é visto como leve favorito, com uma vantagem apertada nas últimas pesquisas nacionais, e - mais importante - com uma estreita liderança na maioria dos estados-chave, que devem decidir a eleição. Nas eleições dos Estados Unidos, o presidente não é escolhido pelo voto popular, mas indiretamente, através de um Colégio Eleitoral, no qual os estados votam com base em sua população. Para vencer, um candidato precisa de 270 dos 538 votos totais do Colégio Eleitoral.

Flórida
Com 29 votos no colégio eleitoral, a Flórida é o maior dos chamados swing states -estados em que os eleitores ainda estão indecisos sobre qual candidato apoiar. Nas quatro últimas eleições, a Flórida se dividiu entre republicanos e democratas, com duas vitórias para cada partido, e o fator decisivo tem sido o voto dos latinos.


A maioria da população local é formada por brancos, o equivalente a 57%. Os negros, denominados afro-americanos, representam 15% e o restante - os latinos - equivale a 22% da população. O cenário multifacetado, de idiomas variados, define a miscelânia de opiniões e ideologias. Mas, nas ruas, os eleitores demonstram pouco interesse em votar.

Em conversas nos restaurantes e nas lojas percebe-se que a preocupação com as eleições não está entre as prioridades dos moradores da Flórida. Um exemplo é a venezuelana Tal Doar, que é dona de uma loja de bebidas em Miami. Apesar de ter a cidadania norte-americana, Tal Doar disse que não vai votar.

"Não sinto que os [principais] candidatos [Obama e o republicano Mitt Romney] vão fazer alguma coisa por mim. Com Obama, não teve progresso, mesmo como presidente, já há anos, e Mitt Romney não mostrou nada de interessante", disse a venezuelana Tal Doar.

Sem indicar se votará nestas eleições, o chileno Ricardo Gaete também é um dos muitos imigrantes que vieram tentar a sorte em Miami há 12 anos. Gaete trabalhou em hotéis até perder o emprego durante a crise econômica de 2008. Atualmente, é dono do seu próprio negócio, uma agência de turismo. Segundo ele, o governo do presidente norte-americano Barack Obama melhorou a situação do país.

O cientista político Casey Klosftad, da Universidade de Miami, disse que o "grande desafio" para os comitês de campanha dos candidatos não é identificar apenas quem os latinos vão escolher, mas principalmente quantos de fato vão votar. O cientista político lembra que nas eleições norte-americanas o voto não é obrigatório e quem decide votar, em geral, enfrenta longas filas.

Com Agências


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