As autoridades de Cuba esperam para esta terça-feira que o embargo imposto ao país pelos Estados Unidos, há cerca de meio século, seja tema de resolução na Organização das Nações Unidas (ONU). A expectativa do governo cubano é que os membros da ONU aprovem um texto condenando o bloqueio, mas a resolução tem peso de recomendação, não de determinação.
A ONU condena o bloqueio que incide sobre as áreas econômica, comercial e financeira de Cuba, afetando a população, que vive sob restrições. No ano passado, foi aprovado um texto, com o apoio de 186 dos 193 países que integram a organização, condenando o embargo.
As autoridades cubanas encaminharam relatório à ONU informando que, até dezembro, o país deve sofrer prejuízo de US$ 1,66 trilhão em decorrência dos efeitos do bloqueio. No documento, os cubanos reiteram que o bloqueio é objeto de críticas de vários governos e entidades. Recentemente, a presidente Dilma Rousseff voltou a pedir o fim do embargo a Cuba, durante reunião no Peru.
Amanhã, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, estará presente à sessão ordinária da Assembleia Geral da ONU. O chanceler deverá lembrar que desde 1992 são aprovadas resoluções condenando o embargo.