O Banco Mundial (BM) advertiu no domingo que a temperatura global aumentará 4 graus centígrados até 2060 se não forem tomadas ações imediatas, com consequências potencialmente devastadoras para cidade costeiras e países pobres. "O tempo é muito, mas muito curto. O mundo deve enfrentar o problema das mudanças climáticas de forma mais agressiva", disse o presidente do BM, Jim Yonk Kim, em uma coletiva de imprensa por telefone de Washington para divulgar o relatório dirigido pelo organismo.
Em um chamado à ação, o organismo vinculou a futura riqueza do planeta - e, sobretudo, das regiões em desenvolvimento - aos esforços imediatos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa das fontes de energia. "Nunca acabaremos com a pobreza se não lutarmos contra as mudanças climáticas. É um dos maiores desafios para a justiça social na atualidade", disse Kim.
Segundo o relatório do BM, até 2060 o planeta pode aumentar sua temperatura em até 4 graus centígrados acima dos níveis do planeta pré-industrial se as promessas dos governos de combater as mudanças climáticas não forem cumpridas. Mas inclusive se os países cumprirem os compromissos assumidos até a data, o estudo apontou 20% de probabilidade de aumento de 4 graus para 2100 e afirmou que era muito provável um aumento de 3 graus.
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'Atlas' da ONU mostra riscos para saúde relacionados ao clima Vulnerável a mudanças no clima, América Central pede ajuda Temperaturas globais estiveram acima da média nos últimos 36 anos"A falta de uma ação ambiciosa sobre as mudanças climáticas ameaça colocar a prosperidade fora do alcance de milhares de pessoas e fazer décadas de desenvolvimento retrocederem", acrescentou.
As temperaturas globais já aumentaram cerca de 8 graus centígrados. O planeta registrou uma série de temperaturas recorde durante a década passada e experimentou frequentes desastres que especialistas atribuem às mudanças climáticas, sendo o mais recente a supertempestade Sandy, que atingiu Haiti, Cuba e a costa leste dos Estados Unidos de forma inclemente.
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