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Estado de Minas

Condenado por atentados de Mumbai é executado na Índia


postado em 21/11/2012 11:25 / atualizado em 21/11/2012 11:41

O único sobrevivente do grupo responsável pelos atentados de Mumbai em novembro de 2008, que deixaram 166 mortos, foi enforcado nesta quarta-feira em uma penitenciária indiana.


Mohammed Kasab, um paquistanês de 24 anos, foi executado às 07h30 (00h00 de Brasília) na penitenciária Yerwada de Pune, no estado de Maharashtra.


O pedido de clemência do condenado foi rejeitado pelo presidente Pranab Mukherjee.


Os outros nove membros do grupo fortemente armado, que atacou hotéis de luxo, um restaurante turístico, a principal estação de trem e um centro judaico de Mumbai entre os dias 26 e 29 de novembro, foram mortos pelas forças de segurança.


"Kasab merecia a pena capital. (...) Um capítulo triste e doloroso acaba de ser encerrado", considerou o ex-ministro do Interior P. Chidambaram, que assumiu o cargo após os ataques com a tarefa de reformar a polícia e os serviços de inteligência.


Na ausência de reivindicação do corpo por autoridades paquistanesas, Kasab foi enterrado no recinto da prisão, onde foi transferido há dois dias, depois de passar quase quatro anos na prisão em Mumbai.


Ele não fez um último pedido, de acordo com autoridades locais, apenas que avisassem sua mãe de sua morte.


Kasab, ex-operário e pequeno delinquente, foi reconhecido como um dos autores do massacre na estação, onde 52 pessoas foram mortas, e foi condenado à morte em maio de 2010 por assassinato, atos de guerra contra a Índia, complô e terrorismo.


Nas ruas de Mumbai, muitos festejavam a execução, soltando, inclusive, fogos de artifício.


Mumina Khatoon, que perdeu o marido na explosão de uma bomba colocada em um táxi pelo grupo, declarou estar contente com a morte do "monstro".


O atirador, que se queixava de não ter tido direito a um julgamento justo, fez um apelo que não foi aceito pela Suprema Corte.


Durante o julgamento, a acusação apresentou provas contundentes contra o réu, citando a presença de impressões digitais, traços de DNA e o testemunho direto de pessoas que relataram como Kasab atirou e jogou granadas na multidão.


A defesa tentou desacreditar as acusações, afirmando que as provas haviam sido fabricadas e as testemunhas manipuladas.


A Índia acusa um grupo do Paquistão, o Lashkar-e-Taiba (LeT), de ter planejado os atentados com o apoio "de elementos do Estado" paquistanês, algo que Islamabad nega.


Kasab chegou a se declarar inocente, antes de reconhecer ser um dos pistoleiros enviados pelo LeT.


Após os ataques, as relações entre Índia e Paquistão, dois países rivais do sul da Ásia que travaram três guerras desde a independência de ambos os países, em 1947, foram prejudicadas e o processo de paz, iniciado em 2004, interrompido, antes de ser retomado oficialmente no ano passado.


A última execução na Índia ocorreu em 2004.


Os condenados à morte geralmente esperam anos no corredor da morte, mas parentes das vítimas, políticos e a imprensa exigiram uma execução rápida do Paquistão após a confirmação do veredicto.


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