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Estado de Minas "NÃO SEREMOS UM WIKILEAKS-2"

ONG internacional cria site só para notícias censuradas

"We Fight Censorship" quer forçar os governos autoritários a respeitar a liberdade de informação


postado em 28/11/2012 10:35 / atualizado em 28/11/2012 10:39

Notícias proibidas por governos, em qualquer lugar do planeta, contam desde esta terça-feira (27) com uma “zona livre” em que poderão ser automaticamente divulgadas. É o site We Fight Censorship (“Nós Combatemos a Censura”), abrigado no portal da ONG Repórteres Sem Fronteira. De início, as notícias serão publicadas em francês, inglês e na língua original, se for outra.

Christophe Deloire, diretor-geral da RSF, define o site como “um instrumento de dissuasão”, para forçar os governos autoritários a respeitar a liberdade de informação, “que é a liberdade que possibilita a existência de todas as outras”. Ele explica sua missão: “Queremos demonstrar que prender o autor de um artigo, confiscar os exemplares de um jornal ou bloquear o acesso a um site de vídeos não evitará que o conteúdo em questão dê a volta ao mundo.”

Para tornar possível a ideia, a RSF, que tem 150 repórteres nos cinco continentes, criou uma espécie de caixa-forte digital protegida, para a qual um jornalista - ou qualquer outra fonte - pode enviar anonimamente conteúdos candidatos à divulgação. Um “kit de sobrevivência digital” terá programas em código criptografado para proteger as fontes.

O site (cujo endereço é www.wefightcensorship.org) já está no ar em teste, há duas semanas e traz notícias censuradas de Eritréia, Irã, Chade e Belarus. Cobrado sobre como filtrar as notícias, Deloire garantiu: “Não seremos um WikiLeaks-2”.


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